agosto 26, 2010







Ela, então, permanece ali.
De olhos abertos a pensar em que?
Ou pensar em nada.
Inconsciente da chuva e da nudez dos pés.
Insone.
Inerte.


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agosto 24, 2010

Quando abri meus braços e percebi que 
tudo não passava de um sonho, deixei 
que as cores vivas dessa terra fossem 
penetrando para dentro do meu corpo,
como o gosto bom e ácido de um primeiro trago.
Comigo deixei seguir os caminhos que 
ninguém ensina, e deixei também ficar os 
segredos desta louca vontade de não querer parar.

agosto 18, 2010

Mas se tudo isso é uma loucura, por que tem de haver uma razão? 
E por que logo eu faria algum sentido? 
Dane-se, eu vou tentar!
 E se um dia disser "não", não estarei desistindo, 
só tentando de outra maneira.

agosto 17, 2010

Quatro dias a mais

Um dia desses não levantei,
não fui ao trabalho e nem a lugar nenhum.
Não me sentia lá muito bem.
É o coração, sabe?
Vez ou outra ele me faz uma dessas.
Aí eu é que não quero fazer nada.
Parece que os melhores dias tem sempre a tendência de começar assim,
meio sem sal.
Esse aí, não fez nem questão de fingir.
Decidi por ficar mais três dias.
Me sentia bem demais.
O mundo inteiro podia esperar se quisesse.
E quis.